segunda-feira, 30 de agosto de 2010

:/

As runas me parecem muito interessantes, assim como os deuses Aesires e Vanires. Eu acho que eles adaptam-se muito bem ao tempo e não raras vezes acabam lidando com certas energias diferentes, talvez relacionadas ao invento, à tecnologia. Perdi conta das vezes que, de repente, surgiram imagens de Odin em algumas vestimentas esquisitas, hi-tech, em lugares com as mesmas características. Será que Gangleri tem procurado por conhecimento em algum lugar no futuro? Andando, andando e andando... Sem limites. Eu mesmo para eu mesmo. Afinal, esse é o sacrifício que eu acho que vale mais a pena.


Acho pretensão dizer o que é ou não é certo, e é ainda mais besta ficar preso a práticas antigas. Obviamente, é interessante realizar tais práticas, talvez os deuses fiquem satisfeitos, mas acho que eles também aprendem e se divertem com os humanos, então novas formas de interação entre deuses e seres humanos devem ser criadas. Ora, a inspiração é um dom, por que não usá-la?


Um caldeirão de cores, borbulhante e bonito de se olhar, no meio de um lugar escuro com paredes iluminadas, possuindo símbolos estranhos nessas paredes. Quem olha no caldeirão, vê a vida surgindo, como foi assassinado Ymir, de que é feito o Poço de Urdh, de que é feita a própria imaginação. O contato com tudo o que é extremamente revelador para nós é um destruidor da razão, então o cultivo da loucura seria uma chave. Uma chave para abrir o caminho, tirando a barreira do medo e do receio, para então podermos ir adiante. O que acontecerá se eu entrar na rachadura entre um tempo a outro ou entre um pensamento a outro? O que você acha que pode ocorrer caso eu crie um abismo de escuridão infinita fechando as mãos em meu rosto e, depois, entrar nele?


Explorar a escuridão, descobrir / criar coisas novas, se deixar envolver pelo desconhecido, não reagir prontamente e cultivar o mínimo de não-julgamento. É tentador, mas as vezes me parece difícil. Assim, quando penso nas andanças de Odin ou no que está dentro da percepção dos deuses, eu fico louco e empolgado, eu me pergunto até onde poderei chegar. Eu sei, é um saco ficar nessa apreensão e ainda é muito irritante, pelo menos para mim, pensar que deixamos nosso corpo ser uma espécie de prisão espacial. Sei lá, eu queria estar em muitos lugares ao mesmo tempo, queria ter uma consciência mais desenvolvida em cada ponto do meu corpo, queria explorar novas formas de ser. 


Ok, então irei seguir seu conselho, Gangleri: Andar, andar e andar. Uma hora eu chego lá.

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